Eternidade duma vida, o que será?
Olhando com os olhos da alma,
para dentro de mim,
descubro o circulo que me rodeia,
não tem forma... é indeferido
pergunto, o que sou eu ,
neste mundo ?
Onde nada é meu!
À noite, não reconheço as sombras,
o silêncio onde os mochos são visitantes
rasgam, gritos hediondos.
No meu quarto solitário,
o ambiente fresco,afaga-me
a ideia vã, da vida.
Volúpia do futuro.
Queima-me o sangue---
como relâmpagos,
que afloram a minha mente.
Delírio... o meu olhar, que a tudo ilude,
o facho da vela, aos poucos apagou.
Cresce a indecisão, renasce o clarão.
Os amantes, sobre o ar pesado da noite
bailam iluminados, como fantasmas
na erótica farra.
Paralelo,complexo, desconexo
este é o meu ser!...
Não tente entender.
Pronuncio, palavras mudas
afinal, faz parte do tempo que me resta,
para entrar naquele lugar,
do devaneio da festa.
Eu só sou um saltimbanco "disfarçado",
serei talvez... um mutante!...
Esse sou eu!... .