Preocupados com a proliferação das alforrecas, que está a ameaçar os
peixes, os especialistas da FAO apresentam uma solução: comê-las. Num
relatório publicado esta quinta-feira, recordam que em alguns países,
como a China, é já habitual o consumo desta espécie.
A preocupação das Nações Unidas prende-se com o aumento significativo
da população de alforrecas provocado pela pesca "excessiva" dos seus
predadores. Este aumento, por sua vez, poderá ser uma das causas que
explicam a diminuição dos peixes no Mediterrâneo e Mar Negro. "Um oceano
de alforrecas", que está prestes a substituir "um oceano de peixes",
alertam.
Mas a FAO sugere ainda um outro destino para a espécie gelatinosa,
neste caso para as que contêm determinadas substâncias químicas: usá-las
no desenvolvimento de novos medicamentos. A
Turritopsis nutricula, que
é conhecida como a "medusa importal", por exemplo, poderia ser estudada
para a elaboração de produtos regenerativas para os seres humanos.